texto por Thiago Consiglio
O s tempos de indignação que foram impulsionados pelo aumento das tarifas dos ônibus culminaram no momento atual dos protestos que acontecem por todo o Brasil. Em Sorocaba especificamente, percebe-se muita ligação com os acontecimentos nacionais mas ao mesmo tempo temos características que são únicas da cidade.
12.7.13
Da necessidade da autocrítica
19.7.12
Por que o Mescla não deu certo?
O
passo a passo parece bem simples: uma cidade com potencial e capital
cultural elevado, uma juventude comprometida com produções
artísticas e culturais, uma inquietação pela falta de espaço. Logo
pensamos em uma ferramenta viável que possibilitava um exercício de
coletivo, não uma solução heroica ou salvadora para nos
vangloriarmos e preencher-nos de orgulho e estima.
27.9.11
A escada que não existe
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
- Oswald de Andrade
Nos últimos tempos, a ala conservadora encontra-se mal das pernas. Não possui teóricos fortes, e não sabe como criticar de maneira construtiva os inúmeros pensadores contemporâneos de esquerda. Levada às últimas baseia-se nos piores argumentos – argumentos podres, infantis e ofensivos – para desmoralizar e destruir textos que não conseguem produzir, pois percebem que sua base teórica está velha, e começa a cheirar mal. Dentro destes argumentos, um tem sido mais latente, o da importância gramatical para uma produção textual de qualidade.
Não é raro, ao entrar em blogues de personalidades como Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi – colunistas da revista Veja – ver críticas a figuras como Emir Sader, de importância acadêmica incontestável, baseadas no “mau” uso do português. Há artigos onde o escracham destrinchando o texto para uma análise gramatical, sem nem levar em conta o conteúdo do texto. Para mim, uma ferramenta elitista e porca digna de Olavo de Carvalho – que por sinal faz a mesma coisa.
14.7.11
Por uma democratização dos meios
Isso leva aos meios de comunicação de então, surgirem como novas instituições nas relações de poder da sociedade e que justamente pela relação com o capital acabam representando ideologicamente uma classe dominante, assim, prejudicando a liberdade de expressão em geral.
8.7.11
O pássaro enforcado dentro da gaiola
Pedantismo seria o ato de demonstrar, de maneira arrogante e pretenciosa, o conhecimento apoderado e utilizá-lo como um escarro na face dos que por diversos motivos não obtém tal erudição. É muito claro que tal visão corrobora com o sistema no qual vivemos, impondo uma individualização, comercialização e segregação.
14.6.11
Um manifesto sobre o que já é
Como ponto de partida:
O que já é deve ser repensado para o novo, sobre o que jamais deixará de ser, não por ser novo mas por ser vital.
O que já é antes continha-se em projeções que definidas por batalhas, dispostas e concisas através das formas, visavam uma dimensão de realidade regada pela conquista da livre e circulante composição da linguagem e agir do homens em seu ser social.
O que já é se compõe pelas imagens, que se sobrepõem ao orgânico, sem pedir licença, gritando para que os olhos se abram.
2.6.11
O definhamento do desejo
Mas antes deste desejo existe uma “vontade” anterior que deve ser investigada, não sendo necessariamente capitalista, nem influenciada pelos meios de comunicação de massa ou os aparelhos ideológicos da sociedade. A vontade neste caso pode ser por exemplo, tanto em praticar um esporte, em comer algo diferente, sobre algum produto comercial ou até em desejar alguém próximo.
30.5.11
A morte da potencialidade
A decisão por caminhar por esse específico caminho e não este nem aquele, que poderiam acabar no mesmo destino, carrega uma 'tristeza' pela qual temos que passar. Talvez essa tristeza seja minimamente percebida porque temos que confrontá-la cotidianamente. Mas acontece que a percebemos de fato em alguns pontos cruciais em que a escolha envolve uma renúncia e isto causa dor.
21.2.11
A diferença nos diferentes
Ao nos formarmos percebemos que para se aproximar da vida autêntica precisamos nos diferenciar, precisamos ver a conduta convencional e negá-la, e o erro estaria se o processo terminasse aí. Com a negação temos o primeiro passo, o da revolta, que nasce do questionamento de inquietações no âmago de cada um. O passo da negação é importante porque dele temos a ruptura de padrões que existiam sem ao menos se ter noção.
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