14.6.11

Um manifesto sobre o que já é



Já não posso, e assim digo a todos; que não podemos almejar “o que já é”. Talvez, o meu espanto seja com a mistura de alvoroços tomados de entusiasmos plasmáticos, soberbos às relevâncias complexas do progresso e seus excessos.

Como ponto de partida:
O que já é deve ser repensado para o novo, sobre o que jamais deixará de ser, não por ser novo mas por ser vital.
O que já é antes continha-se em projeções que definidas por batalhas, dispostas e concisas através das formas, visavam uma dimensão de realidade regada pela conquista da livre e circulante composição da linguagem e agir do homens em seu ser social.
O que já é se compõe pelas imagens, que se sobrepõem ao orgânico, sem pedir licença, gritando para que os olhos se abram.

2.6.11

O definhamento do desejo

texto por Thiago Consiglio
Comumente a ideia que vem quando se fala em desejo é ligada ao consumismo capitalista, tão evocado como um dos males desse sistema. Nessa crítica, um dos apontamentos é o de que o produto – objeto do desejo capitalista – quase ganha vida própria e de que o consumo deste está ligado com a satisfação plena de felicidade. 

Mas antes deste desejo existe uma “vontade” anterior que deve ser investigada, não sendo necessariamente capitalista, nem influenciada pelos meios de comunicação de massa ou os aparelhos ideológicos da sociedade. A vontade neste caso pode ser por exemplo, tanto em praticar um esporte, em comer algo diferente, sobre algum produto comercial ou até em desejar alguém próximo.